A sina masculina, anos de vida perdidos no Brasil e grandes regiões (1980-2005)
24 Fevereiro 2011 ·
- Quem: Kaizô Iwakami Beltrão
- Onde: FGV, sala 317
- Quando: 24 de Fevereiro de 2011 às 16:00h
Esta pesquisa analisa a evolução dos anos de vida perdidos (AVP) da população jovem e adulta brasileira segundo grandes grupos de causas, inclusive comparando diferentes recortes geográficos. O período considerado compreende de 1980 a 2005. São considerados: Brasil e Grandes regiões. Construímos a estatística de AVP a partir de um conceito proposto por Arriaga como medida de variação da mortalidade, a Esperança Temporária de Vida (ETV, Temporary Life Expectancy, no original), ou seja a esperança de vida entre duas idades, x e x+i. A proposta serve para contornar o problema de estatísticas vitais de qualidade relativa, nomeadamente no caso do Brasil, os óbitos em idades avançadas. As taxas de mortalidade por grandes grupos de causas (naturais, agressões/homicídios, outras causas violentas) são obtidas a partir dos óbitos corrigidos por uma estimativa de sub-registro diferente para cada combinação de grande região e sexo. A partir desta estatística são calculados os AVPs segundo sexo, grupo etário decenal, grande região e grande grupo de causas. O traço mais marcante dos dados de AVP é o crescente hiato de gênero: valores bem mais altos para a população masculina vis-à-vis a feminina no caso das causas violentas e em particular de homicídios/agressões. Para a população masculina, verifica-se o crescimento e não a redução dos AVP como seria desejável. Este crescimento é principalmente originado por causas externas. Cumpre notar a especial vulnerabilidade dos jovens de 15 a 24 anos no que tange a causas violentas, tanto pela magnitude das perdas como pelas taxas de variação positivas, se bem que decrescentes, para os três intervalos definidos no período considerado.
Nota para visitantes
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