Por que estudar matemática aplicada?

Muitas das grandes inovações tecnológicas do mundo atual são fortemente baseadas no uso de Matemática. Um exemplo notável é o da empresa Google, que não se tornou líder em buscas na Internet porque seus computadores são melhores nem por sua infraestrutura. A Google triunfou porque seus criadores tiveram uma ideia matemática inovadora para selecionar os links mais relevantes para seus usuários.

De modo geral, a quantidade de dados digitais produzida no mundo, que se multiplica por dez a cada cinco anos, é uma grande fonte de problemas, nas diversas áreas de atividade: negócios, finanças, saúde pública, educação, gestão, etc. A ferramenta apropriada para enfrentá-los, em muitos casos, é a Matemática aliada à Computação. Frequentemente, os profissionais que enfrentam esses desafios são recrutados entre os egressos dos cursos de Engenharia. As estruturas curriculares de tais cursos, no entanto, não foram, em sua maioria, concebidas de modo a atender essa demanda. Se um aluno sonha em projetar carros ou pontes, deve estudar Engenharia. No entanto, se esse aluno fica fascinado com aplicações mais recentes da Matemática, realizadas por meio de técnicas de computação modernas, então ele deve estudar Matemática Aplicada (de preferência na EMAp).

Ser matemático aplicado é enveredar por uma carreira profissional com um enorme potencial de realização pessoal. Além das vias de ensino e de pesquisa pura e aplicada, as formações em Matemática abrem um campo vasto de oportunidades de carreiras profissionais, cada vez mais solicitadas pelas várias entidades empregadoras - empresas, serviços, indústria, bancos, governos etc.

Depoimentos

Depoimento do Cassio Neri, analista quantitativo do Loyds Bank Coorporate Marketing.

Uma das tarefas de um banco de investimentos consiste em assumir e gerenciar riscos financeiros que, de outra forma, ficariam a cargo de seus clientes. Para cumprir eficientemente este objetivo, usamos a Modelagem Matemática para traduzir conceitos financeiros (e.g., preços de ações) em abstrações matemáticas (e.g. variáveis aléatórias) sucetíveis a rigoroso estudo analítico.

Tendo em vista a Modelagem Matemática de problemas financeiros, fica claro que minha função como analista quantitativo do Lloyds Bank Corporate Markets exige conhecimentos de Finanças e Matemática. Menos claro é que a base matemática deva ir muito além da cotidianamente utilizada em Finanças Quantitativas. De fato, muitas idéias da área foram inspiradas em outros domínios do conhecimento onde a Matemática é uma importante ferramenta (e.g. Física e Biologia).

Após finalizado o estudo analitíco, os abstratos conceitos matemáticos devem ser convertidos em ferramentas concretas que possam ser usadas pelo banco no auxílio às decisões sobre suas operações no mercado de capitais. Concretamente, tais ferramentas são programas de computador que permitem a visualização dos resultados da análise matemática. Por esta razão, grande parte do meu tempo é dedicado a implementação de tais programas.

Resumindo, posso dizer que Matemática, Programação e Finanças são os três pilares de conhecimento necessários a qualquer analista quantitativo.

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